quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pijama Furado ou Fantasia ?




Queridos amigos facbookianos
 É com muito entusiasmo que compartilho essa historia que ao ler nos arremete a vários tipos de euforia. O mais interessante é a graciosidade na escrita e a brincadeira no jogo inocente e no jogo realista das manifestações humanas de gêneros, terreno muito interessante pra mim. Ao que tange personalidade humana, me fascina.
Espero poder prendê-losna atenção ao ler essa historia – relato do DrNelsom Ferreira , medico Urologista que ao meu ver é um poeta.
Narra ele:
Quando eu ainda morava no Rio, costumava andar de skate em uma rua de ladeira no Estácio de Sá. Em uma dessas manhãs, ao descer embalado na rua íngreme, passeobservar uma vizinha vestindo um pijama furado, que levava o filho até o carro e dali saía provavelmente em direção à escola.
Interessado nas vestes da mamãe, frequentei mais aquela rua e sempre procurava descer com o skate naquela mesma hora, na esperança de vê-la novamente. O interessante e que além de mim, outros vizinhos já estavam fazendo a mesma coisa!! Pude perceber quo morador do apartamento de frente ao dela também inventava alguma coisa para fazer na portaria do prédio na mesma hora que a mamãe saía para levar os filhos para a escola. Cheguei a ficar com ciúmes do outro! Que cara sem vergonha!
Nesta doce rotina matinal, me tornei um visitador da rua, independente se chovia ou fazia sol, para andar de skate. Era pontual. Em uma dessas manhãs, resolvi ir de bicicleta para acompanhar o veiculo até a escola dos filhos da minha musa inspiradora. Pude perceber que, além de mim, aquele sem vergonha do vizinho fazia a mesma coisa, seguindo a moa até ela deixar os filhos! Foi quando vi que o pneu do carro dela estava furado e fiz de tudo para tentar ajuda-la na troca. Eu e mais uns cem homens, que viram que a bela mamãe estava só de pijama dentro do carro e que, por vergonha, ficava sem jeito de sair do veículo. Mas a indignação foi tanta com todos querendo praticar a boa ação que ela não teve outra maneira senão sair do veículo e abrir a mala do carro para tirar o estepe, para alegria danação!  O problema é que ninguém conseguia tirar os olhos dela e foi ela quem mesmo trocou os pneus, entrou no carro e, educadamente, pediu licença para sair e voltar para casa.
Neste momento tive a oportunidade de saber a fábrica, o forro, o tamanho, as cores, o modelo e, até mesmo por uma intuição científica, o tempo de envelhecimento pelo carbono 12 do pijama através do número de furos que ele tinha! Os homens nascem com o instintonato de pesquisa, por isso olham tanto para o lado, e não sei por que AS MULHERES SE ABORRECEM TANTO COM ISTO!
Estava indo muito bem até o marido da bela mamãe chegar da fazenda em uma caminhonete enlameada e suja, barbudo, e com cara de hétero alfa. Neste momento eu nunca havia visto tantos caras correrem por caminhos diferentes e em alta velocidade. Mais parecia um festival de carros de todos os anos e marcas, saindo em disparada e queimando freios, deixando um cheiro de fumaça. E eu com minha bicicletinha, saí de lá de fininho, assobiando em direção oposta e fingindo ler o caderno da escola que estava na cesta de bagagem – registrado por aqueles zerosque havia levando de tanto perder aula.
Depois deste episódio do pneu furado, nunca mais consegui ver a bela donzela e acho que ela passou a trocar a roupa assim que se levanta da cama, para tristeza de seus vizinhos. Para mim foi até bom, pois consegui voltar a estudar e me formei!
Aprendi saber apreciar os pijamas alheios, que são peças íntimas de anseio masculino, mas tomemos o cuidado de saber se o pijama tem “dono”,ainda que esteja velho e furado!

LINGUA , ÓRGÃO, LINGUA FERRAMENTA PERNICIOSA.



Falar dos outros é natural, é cultural, diria até mundial!
Bem divertido e reflexivo o texto de Ricardo Sottero, jornalista onde começa nos enredando à preocupação com nossa “doença incontrolável” , a língua perniciosa.  Vou sistematizar seu texto para tentar chegar onde quero e alcançar há muitos que tentam de forma dantesca ou sutil enganar a si mesmo , pois aos outros não enganam. Assinala ele:
“ infelizmente , se tudo o que dizem sobre “falar dos outros” for verdade, que é pecado, que é feio, que é reprovável, bom já lhe adianto que você tem um lugar cativo lá na casa do coisa-ruim.  Eu explico. Involuntariamente, você fala dos outros. Bem ou mal, mas você fala. Falar bem, ok, é bacana, pega bem, cria uma boa imagem, é um markenting inteligente. Mas é só da boca pra fora? Você fala bem só pra se mostrar um bom moço (a)? no seu íntimo, você realmente está feliz por falar daquela pessoa? Ó, estou falando não só dos parentes ,mas amigos , até mesmo da igreja.
E falar mal, hein? Vai me dizer que você não fala mal de ninguém? Bem vou aqui adivinhar seu pensamentos: “ ah, mas eu não falo mal de ninguém, falo só a verdade!” ótimo, é uma forma bacana de tentar enganar você mesmo (a) , mas talvez só faça sentido para você. Para quem está ouvindo, você é tão mala quanto a pessoa ofendida.
“Eu não gosto de fulano, ele é falso, fingido, mal agradecido. Mas desejo tudo de bom pra ele, não quero seu mal, que ele tenha sucesso na vida!” Óóóóó, tentar enganar Deus é o maior dos pecados, negros, meu bem não faz o menor sentido você descer a ripa, mas dizer que deseja o bem. É totalmente impraticável, pelo amor de Cristo! Não seja tão ingênuo!
Não tem como não falar dos outros. Chega uma hora que você fica sem assunto. A conversa pode até começar em carros, decoração, flores, economia, mas fatalmente virá à tona um exemplo humano dentro destes temas. E pronto! Você já está falando dos outros outra vez!
Vivenciamos a era do “falar dos outros”.  Ao meu ver, não há remédio. Pelo menos a longuíssimo prazo. É claro que não posso, mais uma vez, generalizar minhas afirmações. Há, sim quem se esforce ao máximo e seja bem sucedido na arte de “não falar dos outros”. Mas esse cara deve ser um fenômeno!


Gleide Borges Hartuique