terça-feira, 14 de agosto de 2012

FICO A MEDITAR

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Marabá, esse é o tempo.

DISCURSOS E SEUS PROTOCOLOS

Pesquisando os discursos em campanhas eleitorais, de posses notei que eles são retoricamentemuito semelhantes.
Sempre me intrigou aapatia queesses discursos póliticos despertam na população.
Eles impõem uma teatralidade, uma representação que se destinam a dar um sentido à história, e nem sempre esse sentido é aquele que vemos diante dos olhos.
A revista LINGUA, fez um artigo sobre os discursos de posses de alguns presidentes , pós 64 e realmente são semelhantes.
O primeiro detalhe que percebo nesses discursos é a falta de especificidade, pelo
tom desinteressante da arrativa e excesso de palavras polissilábicas.
Limguagens de termos pomposos e de coesão difícil. Recheio da herança maldita da ditadura dando frutos hoje, desbragado por pronunciamentos em geral , ajudado por episódios de corrupção demarcados ao longo da história.
Discursos onde dirige-se à comunidade de maneira generalizada, sem levar em conta suas subdivisões ( salvo alguns candidatos). Outros com exageros de substantivos, marcada pela falta de qualitativos , não procura especificar os sentidos, o comprometer-se ante o público,ingrediente principal de uma argumetação conservadora.
E temos também um outro extremo. O discurso do nada. Desprovido de poesia, de confiança, de letramento e retórica- literária. Um lixo entornado em nossos ouvidos.
A pergunta que fica é a seguinte:
Os eleitores tem consciência dessas evidências? Penso que,pelos discursos proferidos nas campanhas eleitorais vislumbraremos mais uma vez um futuro nublado
Gleide Borges Hartuique

Nenhum comentário:

Postar um comentário