Originalmente a fênix foi identificada pelos egípcios como uma cegonha ou garça chamada bennu, conhecida de muitos textos egípcios como um dos símbolos sagrados de Heliópolis (cidade chamada Iunu pelos egípcios e On
pelos gregos e na Bíblia), associado com a cheia do Nilo, o Sol
nascente e o deus solar Ra e considerado como a “alma” dos deuses Atum,
Ra. ou Osíris.
No Livro dos Mortos, o Bennu diz: “Eu sou o pássaro Bennu,
o coração-alma de Ra, o guia dos deuses para o Tuat.”. Por representar
criação e renovação, estava relacionado ao calendário egípcio e o Templo
de Bennu era bem conhecido por seus equipamentos para medir e registrar
o tempo.
Alguns dos títulos de Bennu são “Ele que veio a ser por si
mesmo,” “O Ascendente,” e “Senhor dos Jubileus Reais”. O nome está
relacionado com o verbo weben, que significa “subir brilhando,”
or “resplandecer.” Foi também considerado uma manifestação de Osíris
ressuscitado e representado empoleirado em um salgueiro, árvore
consagrada a esse deus. O planeta Vênus era chamado "estrela do navio de
Bennu-Asar" (Asar é o nome egípcio de Osíris).
Segundo o mito egípcio, a Bennu criou a si mesmo de um fogo que
queimou em uma árvore sagrada dentro dos limites sagrados do templo de
Ra. Outras versões dizem que o pássaro Bennu surgiu das chamas do
coração de Osíris. Supunha-se que Bennu descansara em um pilar sagrado
que era conhecido como a pedra benben. Os sacerdotes egípcios mostravam esse pilar aos visitantes e o consideravam o lugar mais sagrado da Terra.
O Bennu geralmente era representado como uma garça cinzenta,
púrpura, azul ou branca com um bico longo e uma crista formada de duas
penas, freqüentemente usando uma coroa atef ou um disco solar
sobre a cabeça. Ocasionalmente, era também representada como uma
alvéola-dourada, ou como uma águia com penas vermelhas e douradas. Em
alguns poucos casos, Bennu era representado como um homem com a cabeça
de uma garça, usando um envoltório branco ou azul de múmia, sob um longo
casaco transparente.
A imagem original do Bennu pode ter sido modelado na garça cinzenta (Ardea cinera), de até 1 metro de altura, ou na garça golias (Ardea goliath) que, com até 1,5 metro de altura e 2 metros de envergadura, é a maior garça hoje existente e vive na costa do Mar Vermelho.
Encontrou-se ainda os restos de uma garça ainda maior, chamada cientificamente Ardea bennuides
(literalmente, Garça Benu) que viveu na região do Golfo Pérsico até
cerca de 3000 a.C. e tinha cerca de 1,8 metro de altura e 2,5 metros ou
mais de envergadura. Há alguma especulação criptozoológica sobre a
possibilidade de essa ave ter sido vista por viajantes egípcios e
difundido a lenda de uma enorme garça vista no Egito uma vez a cada 500
anos.
Sugeriu-se também que a inspiração para a fênix egípcia seria o flamingo da África oriental (Phoenicopterus minor),
com até 1,05 metro de altura. Essas aves brancas ou rosadas fazem seus
ninhos em baixios salgados que são quentes demais para seus ovos ou
filhotes sobreviverem; por isso, constroem monte altos e largos o
suficiente para suportarem seu ovos em um ambiente um pouco mais fresco.
As correntes de convecção em torno desses montes assemelham-se à
distância à turbulência de uma chama. Os zoólogos classificam os
flamingos na família Phoenicopteridae, a partir do nome genérico Phoenicopterus, ou seja, "asa de fênix"
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