De Mariazinha a Maria.
Dedico essa pequena reflexão a Bia Cardoso.
Vasculhando meus pertences
literários me deparei com um livro da Marta Suplicy, peguei meu fichário e dei
uma olhada na sinopse desse livro e logo minha memória fez uma ponte para com
os acontecimentos tristes, mentirosos, caluniadores, perniciosos quanto oposição
a campanha do João Salame. Mas uma coisa eles acertaram, quiseram pelo menos
acertar. Foi justamente mexer no” melindre, na menina do olho” do João. Mas deu
no que deu. Esse movimento de contrários fez justamente o oposto: fortaleceu
ainda mais a campanha do João. Mas quero, deixar claro para os que ainda estão
questionando as noticias caluniadoras e levá-los a viajar comigo a luz da
psicologia quanto a ser uma mariazinha, fato esse que para uma personalidade
marcante e critica como da Bia Cardoso , NUNCA, eu digo NUNCA encaixaria em seu
perfil. Ela é sem sombra de dúvida sempre foi e sempre será uma MARIA.
O QUE VEM A SER UMA mariazinha.
“
Fala-me dificultosamente
De
um país não documental
Onde
apenas acontece
O
que em verbo não se conta
E só
em sonho, em sonho e sombra, se adivinha.
(Carlos
Drumond de Andrade)
A mariazinha
pode ser encontrada em todos os lugares, independentemente da classe social,
estagio intelectual ou autossuficiência econômica. Ela pode usufruir dos
privilégios da alta sociedade e não ter
autonomia, pensamento próprio ou percepção de si mesma. Ser acadêmica e
totalmente desligada de sua situação no mundo ou temerosa em enfrentá-lo. Ser
muito rica por herança, ou mérito próprio, mas se comportar emocionalmente em
casa como a mais tonta e submissa das mulheres.
A mariazinha
constantemente desvaloriza o que consegue e sonha, tudo que ela quer é um
príncipe encantado. Dificilmente ela percebe o seu valor. Na sua fantasia é o
homem quem irá solucionar seus problemas.
A MARIA tem existência
própria, sempre busca refletir sobre sua vida, caminha com as próprias pernas,
tem capacidade de ser por inteiro, ela não nasce mariazinha é o sistema que a
quer a faz engessar-se, mas ela não permite e logo toma posição contrária.
A MARIA não é alienada,
sempre busca elucidar os valores que foi aprendido e descarta sem medo numa
postura brilhante , eficiente e consciente do que é melhor. A jaula que aprisiona a mariazinha não passa
pela vida da MARIA, pois essa jaula interna ela tem a chave e se apropriou dela
e não abre mão.
NUNCA ela
permite ser humilhada moralmente, sexualmente, e tem consciência do seu próprio
valor.
O espaço que
ela conquistou como mulher, cidadã, mãe , esposa ,ela preserva como um tesouro
e sabe defender-se de tudo e de todos e tem no seu eixo esse apropriar e sua
auto estima sempre está assegurada.
Bom,
elucidando essas duas personalidades quero deixar claro que o perfil da MARIA é
esse que não pode ser enganado por uma sociedade que está acostumada a ouvir
desculpas de mulheres mariazinhas que usam “ eu caí da escada, eu escorreguei
no chão” por isso esse hematoma ou esse braço quebrado.
A MARIA não
permite tal situação, ela mesma a emancipa, mesmo tendo uma sociedade
machista, onde cidadãos não usufruem de
direitos civis e oportunidades iguais, ela cava seu espaço tanto no campo do
crescimento profissional como na esfera psíquica o seu espaço ao sol.
Parabéns Bia
Cardoso pelo exemplo de MARIA que és . Você como MARIA, deu provas que és
organizada, centrada, busca seus interesses e não deixa de ser esposa e mãe
exemplar. Sabe demonstrar amor e muito mais que isso , sabe amar. Dar carinho
ao velho, à criança, sabe lutar e não cansa. Sabe ser muito mais que mulher,
sabe caminhar e mesmo sendo frágil não se deixa dominar.
Gleide Borges Hartuique
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Psicopedagoga
Educação Especial
Esse livro é ótimo...
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